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  • Carlos Eugênio dos Santos Lemos

A 2º onda da Covid: endividamento, inflação e auxílio emergencial reduzido

O Brasil entrou na segunda onda da covid-19, em meio a um cenário no qual a primeira onda atingiu o país fortemente, com cemitérios lotados e milhões de lares sem renda a segunda onda chega ainda mais letal.


Com o fim do auxílio emergencial no mês de dezembro, milhões de famílias ficaram desassistidas em meio ao corte de renda. Com o fim do benefício o número de casos e a quantidade de pessoas retornando aos seus postos de trabalho aumentou consideravelmente. Com a pandemia o número de pessoas necessitando de apoio financeiro para alimentação básica supera a casa das 10 milhões de pessoas.


Na segunda onda do coronavírus o Brasil tem o seguinte quadro econômico: inadimplência de empresas e pessoas físicas, inflação alta e renda em queda.


Na inadimplência, o índice começou a subir em janeiro e fevereiro e segundo especialistas a tendência é de alta. Segundo dados do BACEN em dezembro do ano passado o comprometimento da renda das famílias com dívidas bancárias foi de 31,1%, o maior da série histórica. O endividamento das famílias também está em seu recorde, sendo de 56,4%.


Como consequência desses fatores houve um agravamento nos números da pandemia e em conjunto com o auxílio emergencial que agora cobre menos pessoas, pelo seu valor reduzido, o que podemos já encaixar no índice de inflação, o próximo tópico.


A inflação do mês de março divulgada neste mês indicou um crescimento de 0,7% em comparação ao mês de fevereiro. O índice IPCA de março foi de 0,93%, com isso, a inflação acumulada dos últimos 6 meses ficou em 6,10%. Segundo dados do IBGE, os três fatores que puxaram a inflação foram respectivamente: transporte, habitação e alimentação e bebidas.


O auxílio emergencial aprovado para esse ano é o menor em escala e em valor se comparado ao benefício do ano passado. O benefício desse ano será pago em 4 parcelas, sendo os seguintes valores: R$ 150 (para famílias de uma só pessoa), R$ 250 (para famílias de duas ou mais pessoas) ou R$ 375 (para mães chefes de família monoparental).

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