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  • Carlos Eugênio dos Santos Lemos

A volta do auxílio emergencial

Atualizado: 24 de jul. de 2021

Carlos Eugênio dos Santos Lemos

Graduando em Finanças (UFC)

Presidente do Centro Acadêmico de Finanças


Em meu artigo "A necessidade do Auxílio Emergencial" publicado em 13 de janeiro, elenquei o papel e a importância que o benefício teve para a população. O auxílio emergencial nos moldes em que foi realizado no ano de 2020 atingiu 1/3 da população brasileira, com um orçamento de quase 300 bilhões de reais. A volta do auxílio emergencial estava em pauta desde antes do seu fim, ainda no ano passado muitos especialistas afirmavam que o auxílio deveria ter sido prorrogado naquele mesmo formato. É necessário lembrarmos que cerca de 2 milhões de famílias viveram exclusivamente da renda do auxílio.


Dito isso, a diferenciação entre as propostas tem de ser explicadas, o governo tenta passar a PEC no congresso com gatilhos fiscais, que seriam as contrapartidas para que o benefício possa ser aprovado. Esse novo texto prevê que o governo reduza quase que pela metade o número de beneficiários. Antes o auxílio que acessado por 30% da população, agora chegará (caso o governo siga o que foi anunciado) a 32 milhões de pessoas com duração de 4 meses, segundo o presidente Jair Bolsonaro.


Na segunda-feira (08/03/2021) o ministro da economia Paulo Guedes afirmou que o valor a ser pago pelo benefício seria menor que o anterior, e que essa quantia iria variar de R$ 175,00 a R$ 375,00. O texto-base da PEC foi aprovado em segundo turno pela Câmara federal na quinta-feira (11/03/2021) por 366 votos a favor, 127 contra e três abstenções.

Salvo guardando a temporariedade deste artigo, com a possibilidade de o texto oficial já ter sido aprovado antes de sua publicação, é necessário que tenhamos noção do que está em jogo com o auxílio.


O auxílio emergencial hoje é necessário por dois principais motivos: o primeiro é o socorro a parcela da população que está com sua renda regular comprometida, ou seja, que não tem condições de manter um sustento mínimo de suas famílias, e o segundo motivo é a injeção necessária de dinheiro na economia, tendo em vista que, os beneficiários do auxílio emergencial não acumulam poupança, toda a renda recebida é utilizada para suprir necessidades básicas, como alimentação por exemplo. Isso quer dizer que a roda da economia gira, comércios de forma geral garantem seus clientes assim como garantem aos seus fornecedores o pagamento dos produtos e a constância da demanda por mais bens.


Para finalizar, devemos nos ater a pressão inflacionária que bate a nossa porta. O IPCA de fevereiro aumentou de 0,25% para 0,86%, olhando esses números superficialmente pode parecer que são valores irrisórios, mas alie isso a realidade e teremos um problema grande a ser solucionado. Milhões de lares sem renda, alimentos mais caros e desemprego em quase 14% pedem pelo retorno do auxílio emergencial, com um valor superior ao posto em discussão. Os possíveis R$ 375,00 reais são necessários, mas será que vão ser suficientes?

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