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  • Tainara Cavalcante

Bolsonaro corta verbas destinadas ao combate à corrupção

A atualização da principal plataforma para detectar movimentações atípicas, seria concluída em 2021. Mas com o corte no orçamento, o prazo pode ser estendido. Coaf teve 3 milhões congelados.


A verba destinada à modernização de uma ferramenta para encontrar crimes financeiros, como lavagem de dinheiro e corrupção, foi cortada nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).


O valor de quase 7 milhões, seria utilizado pelo Coaf (Controle de Atividades Financeiras) para a melhoria do principal instrumento para a apuração dos crimes, o Siscoaf (Sistema de Controle de Atividades Financeiras).


Na proposta original, o valor sugerido para o trabalho era de 6,7 milhões, mas foi reduzido para 5,8 milhões quando atravessou o congresso. Contudo, foi zerada pelo presidente.


Desatualizado


A Plataforma é usada para detectar movimentações suspeitas em órgãos federais, como o Ministério Público, a Polícia e a Receita Federal. Por meio da ferramenta, as atividades e os dados são monitorados e analisados, resultando em relatórios inteligentes.


O processo de atualização do instrumento principal do Coaf começou lá em 2013, pois a plataforma já estava ficando para trás por causa dos avanços tecnológicos.


Segundo o órgão, o projeto já está 80% concluído. A última etapa do chamado Siscoaf 2, seria feita agora em 2021. Contudo, com o corte das verbas, a finalização pode demorar ainda mais.


Agora, sem orçamento previsto, a solução será remanejar verbas de outros setores econômicos, caso insistam na atualização da ferramenta.


No entanto, a probabilidade de que isso aconteça é escassa, considerando que outros valores destinados ao Ministério da Economia também foram congelados por Bolsonaro. O Coaf ainda teve 3 milhões congelados.


Conflito de interesses?


Foi através de um relatório feito pela Coaf que as movimentações financeiras do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, foram descobertas lá em 2018.


À Folha de S. Paulo, Gil Castello Branco, da ONG Contas Abertas, acrescenta que a corrupção não é uma prioridade do governo.


Segundo ele, enquanto estão vetando 7 milhões para o rastreamento da corrupção, mais de 35 milhões foram aprovados para verbas parlamentares.

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