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  • Welyson Lima

Em menos de 24 horas, 6 mudanças ministeriais ocorrem no Governo Bolsonaro

O primeiro ministro a pedir demissão foi Ernesto Araújo, Ministro das Relações Exteriores. Fernando Azevedo, ministro da Defesa foi o segundo a deixar o cargo.

Esplanada dos Ministérios. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.


De forma inédita, o governo Bolsonaro, em menos de 24 horas realizou 6 trocas de ministros. O primeiro a pedir demissão foi Ernesto Araújo do Ministério das Relações Exteriores, após polêmicas envolvendo o chanceler e parlamentares no Congresso e Senado. O pedido de demissão por Ernesto Araújo ocorreu segunda-feira (29/03/2021), após receber pressão de parlamentares, inclusive dos próprios presidentes da Câmara, deputado Artur Lira (PP/AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG).


O Ministro durante o período em que ocupou o cargo, envolveu-se em diversas polêmicas. Entre elas estão as declarações absurdas sobre a pandemia de Covid-19, quando em diversas ocasiões, o chanceler culpou a China pela crise do coronavírus, assim como chegou a dizer em outra ocasião que o Brasil estava "suportando bem" a crise da Covid-19, num momento em que a pandemia causava colapso nos sistemas de saúde de muitos estados, com lotação de UTI's, além de outras polêmicas de natureza política e ideológica. Ernesto Araújo será substituído pelo embaixador Carlos Alberto Franco França. A demissão do agora ex-ministro já repercute internacionalmente.


Reinaldo Azevedo e Silva foi o segundo ministro a deixar o cargo. Ele ocupava o Ministério da Defesa. Em nota oficial, ministro agradeceu ao presidente da República e disse que preservou "as forças armadas como instituições de Estado". O substituto é o general Walter Souza Braga Neto, atual chefe da Casa Civil. No Ministério da Justiça e da Segurança Pública, André Mendonça sai e é transferido para Advocacia Geral da União (AGU). Foi substituído por Anderson Torres, atual secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Na Secretaria de Governo da Presidência, o general da reserva Luiz Eduardo Ramos deixa a pasta e é transferido para Casa Civil. Em seu lugar, assume a deputada federal Flávia Arruda (PL/DF). Enquanto na Advocacia Geral da União, José Levi sai para entrar em seu lugar André Mendonça, que já chefiou a pasta no início do governo.


As mudanças ministeriais no governo Bolsonaro já repercutem em toda a imprensa nacional e internacional. Atualmente o governo tem 22 ministérios, exceção do Banco Central, que teve sua independência aprovada pelo Congresso.


Segundo analistas de política, as mudanças ministeriais no governo são um aceno de Bolsonaro ao Centrão. Esse aceno ficou evidente quando da substituição do general Luiz Eduardo Ramos por Flávia Arruda, atual deputada federal do PL/DF, que disse ao Blog da jornalista Andréia Sai que vai atuar para diminuir tensões entre governo e Câmara. A deputada tem apoio do presidente da Câmara, Artur Lira (PP-AL). Assim, a parlamentar passa a ser responsável pela articulação política do Palácio do Planalto

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