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Filho de Bolsonaro, Jair Renan tem empresa investigada pela PF sob suspeita de tráfico de influência
Bolsonaro recebeu empresário que doou carro e apoiou negócio de seu quarto filho.

Foto: Reprodução redes sociais.
Jair Renan, o quarto filho de Jair Bolsonaro, recorrentemente chamado por Jair Bolsonaro como o filho 04 está na mira de investigação da Polícia Federal devido ao possível favorecimento público de sua empresa, Bolsonaro Jr, por meio de tráfico de influência.
O empresário e parceiro comercial de Jair Renan, Wellington Leite postou no último mês de março, foto em suas redes sociais ao lado do atual presidente da república Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto com a seguinte mensagem:
"Parabéns meu querido presidente por completar mais um ano de vida" A empresa de Wellington Leite doou um carro no valor estimado de R$ 90 mil a Jair Renan, investigado pela PF por tráfico de influência.
A matéria veiculada originalmente pelo Jornal A Folha de São Paulo procurou o empresário que não informou a data do encontro e nem o motivo da reunião. Ainda em setembro de 2020, Wellington Leite havia publicado foto junto a Jair Renan com a seguinte legenda: “Uma nova aliança”.
A Bolsonaro Jr, empresa de Jair Renan, é investigada pela Polícia Federal, a pedido do Ministério Público Federal, sob a suspeita de tráfico de influência junto ao governo.
O empresário do Espírito Santo não informou a data do encontro com Jair Bolsonaro quando indagado por jornalistas da Folha de São Paulo. "Confesso que não me recordo”, disse. "Visitei o Palácio do Planalto e tive a sorte de tirar uma foto com o presidente. Foi tudo muito rápido", afirmou, acrescentando também não se lembrar quem o levou ao encontro com Bolsonaro. "Tivemos apenas esse encontro.”
A Bolsonaro Jr tem como finalidade a organização, promoção e criação de conteúdo publicitário para feiras, leilões, congressos, conferências e exposições comerciais e profissionais.
Sem fornecer valores à reportagem, o empresário afirmou que arcou com as despesas da viagem do filho do presidente e de seu parceiro comercial. “Como eu convidei, mais do que justo arcar [com as despesas]”, disse. “Sobre o valor, eu não sei nem o que gastei ontem, vou saber o que gastei há quase oito meses?”
Wellington não deu mais informações sobre a cessão do carro elétrico. “Foi cedido para o projeto social MOB, mas parece que [o projeto] não foi adiante e o mesmo foi devolvido”, afirmou.