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Kalil mantém proibição de missas e cultos após liberação de ministro do STF indicado por Bolsonaro
Atualizado: 24 de jul. de 2021
Kássio Nunes, Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou neste sábado (03/04/2021) as celebrações religiosas presenciais.

Alexandre Kalil (PSD/MG), prefeito de Belo Horizonte. Foto: Bruno Cantini.
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD/MG), utilizou suas redes sociais na noite de sábado (03/04/2021) para responder a liberação de missas e cultos religiosos realizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kássio Nunes. De acordo com decisão do ministro, indicado ao cargo por Jair Bolsonaro, as restrições aos ritos religiosos estarão canceladas para este tipo de reunião, ignorando o cenário de alta contaminação e colapso do sistema de saúde de muitas cidades brasileiras.
Nunes Marques acatou ação proposta pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos.
"Reconheço que o momento é de cautela, ante o contexto pandêmico que vivenciamos. Ainda assim, e justamente por vivermos em momentos tão difíceis, mais se faz necessário reconhecer a essencialidade da atividade religiosa, responsável, entre outras funções, por conferir acolhimento e conforto espiritual", escreveu o ministro em sua decisão.
Em reação a liberação, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil se manifestou contrário a decisão do tribunal e assegurou que na capital mineira as restrições por motivos sanitários seriam mantidas, não sendo permitidas missas e cultos. Para embasar seu posicionamento, Kalil mencionou que de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, os decretos municipais seriam capazes de definir por tais decisões.
Alexandre Kalil utilizou suas redes sociais para se manifestar com a seguinte declaração:
"Em Belo Horizonte acompanhamos o Plenário do Supremo Tribunal Federal. O que vale é o decreto do Prefeito. Estão proibidos cultos e missas presenciais."
Kássio Nunes, o ministro que decidiu pela liberação, à época de sua indicação, fora fortemente criticado pelos apoiadores de Bolsonaro apesar de eleito com grande contribuição da Igreja Evangélica. No entendimento dos apoiadores do presidente, Kássio estaria ligado ao sistema político e geraria a manutenção da corrupção sistémica.