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  • Carlos Eugênio dos Santos Lemos

Luca: Aceitar o diferente nunca esteve tanto em pauta

Aventura, descoberta e amizade no filme Luca.


Foto: Reprodução


O filme Luca estreou no dia 18 de junho no serviço de Streaming da Disney, o Disney+. Luca é de direção de Enrico Casarosa, mesmo diretor do curta La Luna de 2011. Luca é a maior produção do diretor até então, além de ser o primeiro não norte-americano a dirigir sozinho para o estúdio.


Luca vive com sua família no fundo do mar pertinho de uma vila fictícia italiana chamada Portorosso. Em uma determinada cena, Luca segue vigiando seu cardume como de costume (Luca e sua família são fazendeiros de algas e peixes) e o peixinho Giuseppe se diferencia do cardume, de forma sutil, mas, que faz uma alusão ao próprio Luca.


O tédio e a vontade de conhecer o novo, mesmo sendo perigoso, são sentimentos que Luca passa aos telespectadores no início do filme. Tudo que Luca encontra de novidade no fundo mar é uma grande descoberta, fato esse que entra em uma crescente ao longo de todo o filme.


Ao conhecer Alberto, Luca se depara com alguém que vive nos dois mundos, tanto, no fundo do oceano quanto em terra firme. Alberto transparece a sua superconfiança e seu conhecimento vasto sobre o mundo dos humanos para Luca, sendo o responsável pelos primeiros passos de Luca em terra — literalmente.


Em Luca temos o famoso trio dos filmes


Para quem amar consumir filmes já deve ter percebido — ou não — a presença de um trio protagonista que se encontram no filme e vão em busca de resolver a trama/história. Em Luca temos o próprio, o Alberto e a Giulia.


Foto: Reprodução


A dinâmica entre os três se desenvolve ao longo do filme de uma forma intrigante, como todo protagonista, chega um ponto que os medos tomam conta dos nossos personagens. Alberto com medo de perder o seu companheiro para o mundo, e Luca de perder a oportunidade de conhecer o mundo por conta dos ciúmes evidentes nas ações de Alberto.


As mensagens que Luca passa ao telespectador


É difícil definir qual a mensagem que Luca deseja repassar ao telespectador, afinal, a história de Luca, Alberto e Giulia mostra o quão importante é você correr atrás dos seus sonhos?! E se a história for um pouco mais complexa que isso, e aproveitar o timing do mês de lançamento (Mês do orgulho LGBT) e tentar demonstrar ao público as dificuldades que um jovem passa ao se descobrir, que talvez a vida de expectativas coladas nele não sejam aquilo que o personagem deseja?! Ou voltando um pouco para a frase título desse texto, “Algumas pessoas nunca vão aceitar ele, mas outras vão, e parece que ele sabe encontrar as pessoas boas” é frase que a avó de Luca fala aos pais do nosso protagonista, será esse nosso cerne?


Foto: Reprodução


Me permita tentar responder a esse questionamento, o bom filme não é aquele que te entrega a deliciosa “cereja” do que ele se trata de bandeja. É exatamente o que Luca faz, de maneira espetacular Enrico Casarosa faz com que o espectador em individual tire suas considerações do filme baseado em suas individualidades.


E o melhor, quando o filme acaba e você olha para o lado e conversa com a outra pessoa que você tenha eventualmente assistido e pergunta o que ela tirou de Luca. Então eu te pergunto, qual a mensagem que você entendeu do filme Luca?

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