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Março tem maior alta na inflação para o mês desde 2015
Atualizado: 24 de jul. de 2021
Índice IPCA que mede a variação da inflação registrou alta de 0,93% para o mês.

Combustíveis estão entre os principais responsáveis pela alta de preços. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília.
Segundo relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o mês de março de 2021 registrou uma alta no índice de 0,93%, maior valor para o mês desde 2015, quando o valor foi de 1,32%.
O acumulado dos últimos 12 meses já é de 6,10% e no ano de 2021 a variação é 2,05%. As previsões para o ano de 2021 são de que o índice acumule ao final de 2021 alta de 4,85%.
Segundo a pesquisa os principais impactos dessa alta da inflação serão os aumentos nos preços de combustíveis (11,23%) e do gás de botijão (4,98%).
“Foram aplicados sucessivos reajustes nos preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias entre fevereiro e março e isso acabou impactando os preços de venda para o consumidor final nas bombas. A gasolina nos postos teve alta de 11,26%, o etanol, de 12,59% e o óleo diesel, de 9,05%. O mesmo aconteceu com o gás, que teve dois reajustes nas refinarias nesse período, acumulando alta de 10,46%, e agora o consumidor percebe esse aumento”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Uma boa notícia para o consumidor é que a inflação do grupo Alimentação e bebidas (0,13%) vem desacelerando. O preço continua subindo, mas sobe menos a cada mês. As variações anteriores foram de 1,74% em dezembro, 1,02% em janeiro e 0,27% em fevereiro.
“Os alimentos tiveram alta de 14,09% em 2020, mas, desde dezembro, apresentam uma tendência de desaceleração. Alguns fatores contribuem para isso, como uma maior estabilidade do câmbio e a redução na demanda por conta da suspensão do auxílio emergencial nos primeiros meses do ano”, comenta Kislanov.