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MPF confirma que gestão de Pazuello foi gravemente ineficiente e dolosamente desleal
Procuradoria da República no DF entrou com ação de improbidade na justiça federal na semana passada. Documento detalha todos os atos e omissões na condução da pandemia.

A Procuradoria da República no Distrito Federal detalhou, na ação de improbidade contra o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, os erros na condução da pandemia e as negligências na compra de vacinas . A ação de improbidade foi impetrada na Justiça Federal na semana passada .
Os procuradores apontam que as ações de Pazuello foram “dolosos” e amparadas em argumentos não científicos e até de pessoas de fora do governo.
“Diz-se, no mínimo, porque tudo indica que tais condutas são, em verdade, dolosas, uma vez que, como se narrou na descrição dos fatos, as atitudes adotadas pelo chefe da pasta da saúde o foram não com apoio em critérios técnicos, estudos científicos e necessidades prementes da população (que exigiriam diligência no planejamento para aquisição e distribuição de vacinas, kits de testes etc), mas, ao contrário, com base na aceitação acrítica (e injustificável) de orientações não técnicas e não-científicas de setores internos e externos ao governo federal”
Os procuradores também destacaram que “essas condutas também afrontaram fortemente o princípio da lealdade institucional, que deveria pautar a atuação do Ministro de Estado, uma vez que, tendo ao seu dispor corpo técnico do Ministério especializado e capaz de orientá-lo com segurança no campo das ações sanitárias – já que o Ministro não tem qualquer formação na área — preferiu deixá-lo de lado e insistiu na adoção de medidas comprovadamente não eficazes ou, até mesmo, maléficas ao usuário”.