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  • Dário Ávila

O combate é de ideias e não de pessoas

Atualizado: 8 de jan. de 2021

Dário Ávila


Anos antes do impeachment da Presidenta Dilma, percebemos na política uma radicalização do discurso e das ideias, principalmente na internet, local onde mais se vê radicais.


Parte importante dessa radicalização provocada por táticas ensinadas e espalhadas em massa por um ser chamado Olavo de Carvalho, que prega, não o confronto de ideias, mas a destruição do seu "adversário", tática conhecida como "envenenamento do poço", que consiste em destruir a reputação da figura que está no outro lado do debate, para que o público não mais ouça o que aquela pessoa tenha a dizer.


Pregar o rótulo de "corrupto", "burro" ou "maconheiro" é mais importante do que discutir sobre a legalização da maconha, por exemplo!


Mas o que era exclusividade da extrema direita virou a essência do debate público. Hoje não se debate sem antes adjetivar alguém com um "fascista" ou "comunista" mesmo sem ter a mínima ideia do que isso realmente significa. Por isso temos um desafio que é retomar o debate de ideias, por dois motivos;


1 - Diminuir a radicalização: deixar de adjetivar as pessoas é a forma mais simples de tratar aquele ser humano como ele é, um ser humano comum, com suas ideias, suas contradições e seus defeitos. Adjetivar é encerrar o debate sem entender a pessoa que está do outro lado!


2 - Se proteger: Criticar ou adjetivar uma pessoas, nunca diz respeito a pessoa criticada, sempre diz respeito a você. Quando João me fala de Pedro, eu sei mais de João do que de Pedro.


Por isso cuidado, quando você crítica alguém é como se você tivesse baixado toda sua proteção, seu escudo, seu elmo e fosse desnudo para a "confronto" (nesse caso o confronto de ideias).


 

Os textos da coluna de Opinião não representam a visão e posição do WeColetivo, que se dá somente por seus editoriais. A responsabilidade pelos textos desta coluna é inteira de seus autores.

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