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  • Tainara Cavalcante

Padilha diz que Copa América será uma “mortalidade em rebanho”

O ex-ministro da saúde criticou a postura tanto da Conmebol quanto do governo brasileiro ao aceitar o evento aqui com mais de 400 mil mortos e UTIs lotadas.

Foto: ELZA FIUZA /ABr.


A polêmica da Copa América no Brasil tem gerado críticas não só das redes sociais, como também de figuras públicas que não demoraram para se posicionar sobre o assunto.


Como por exemplo, o ex-ministro da saúde e atual deputado federal, Alexandre Padilha (PT-SP). Em entrevista para a Carta Capital divulgada nesta quarta-feira (2), ele criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o assunto. “Mais uma vez, Bolsonaro prova que não tem nenhum limite em decisões de estímulos a aglomerações, de normalizar a tragédia”, diz.


Ainda acrescentou que é preciso impedir a organização de eventos para parar com o que ele chamou de “escaladas de genocídio no Brasil”.


Irresponsabilidade


A escolha do Brasil como sede foi feita depois que Argentina e Colômbia desistiram justamente por causa da crise de COVID-19. Contudo, com mais de 400 mil mortos e uma possível terceira onda, Jair Bolsonaro confirmou o evento no Brasil e ainda completou que todos os ministros estavam de acordo.


A Copa das Américas vai acontecer no dia 11 de Junho nos estados de Mato Grosso, Brasília e Goiás e Rio de Janeiro.


“Um evento como esse tem riscos mais elevados, como a concentração em poucos dias de delegações inteiras de dez países diferentes, além dos trabalhadores que vão estar na linha de frente e sem vacina”, afirmou Padilha à Carta Capital.


Ele ainda complementou que mesmo com a Conmebol dizendo que será um evento seguro seguindo todos os protocolos, as coisas não serão bem assim. Ainda considerou um escândalo o fato da organização do Campeonato escolher o Brasil com tantas mortes e mais escandaloso ainda o Brasil aceitar o evento com UTIs lotadas.


O ex-ministro ainda defendeu a ideia que a estratégia do governo é criar uma “imunidade de rebanho”, que inclusive, é defendida pelo governo Bolsonaro.

Ela consiste na infecção rápida do maior número de pessoas, para que a pandemia acabe logo. Contudo, Padilha diz que a estratégia é falha e se tratando da COVID-19, pode resultar na “mortalidade de rebanho”, fazendo cidades entrarem em colapso.

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