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  • Thiago Anastácio

Para início de papo


 

Por Thiago Anastácio

Advogado Criminalista

 

É com muita alegria que estreio - sim, seus olhos estão estreando comigo enquanto percorrem essas linhas - como colunista do WE Coletivo.


Olhos e palavras nos colocam em conexão e agora vocês serão o meu espelho. Um antigo editor de livros dizia que o “homem revela-se ao escrever”. Mas não contava o grande editor que a escrita num futuro próximo não seria mais para poucos e nem contaria ele com essa miscigenação entre o escritor, editor e comentaristas de nós mesmos que as redes sociais permitem.


Vivemos a era do “eu escrevo, eu pago para ser alcançado por um número maior de pessoas (a depender do dinheiro pago, aos milhares) me elogio, crio um perfil falso e replico o que eu mesmo publiquei, me elogiando”. E me recolhi à escrita, hein? Faz-se isso com as bundas, com todo o respeito e admiração que tenho por elas.


Pois é, o mundo está mais doido que Quincas Berro D´Água em sua última noitada. Por isso mesmo, o mundo está morto em sua própria falsificação.


A parte boa é que as redes revelam muita gente boa, embora também revele cada vez mais aquilo que Umberto Eco chamou de “os bilhões de imbecis”. Um exemplo: estivesse vivo, José Saramago se veria às voltas de ofensas pelos críticos literários desse divã (sim, as redes sociais se tornaram um tosco divã de gritos de socorro e lamúrias atrás de culpados por certas formas de existir), pois que colocara em seu “O evangelho segundo Jesus Cristo” um Jesus nascido da concepção carnal e evidentemente os “bilhões de imbecis” não entenderiam a metafórica alusão ao ato divino de Maria, levantando suas vestes enquanto adornada por um fenômeno celestial.


Pastores gritariam: é comunista!


Senhoras do lar diriam: querem destruir a família!


E liberais repostariam uma frase deslocada de um austro-húngaro para dizer sobre liberdades contra o Estado tirano das esquerdas.


É de dar preguiça. É broxante. É feio.


Dito isso, vai aqui a minha sugestão: vamos falar de Direito?


Pretendo nessa minha contribuição colocar meus posicionamentos e quiçá alguns esclarecimentos... E em algum dia mais empolgado, sugestões modestas sobre como conciliar conflitos nesse mundo tão desconhecido como é, também, o mundo da medicina. Sim meus caros, o direito é tão complexo quanto o corpo humano, pois que regula o funcionamento de todas as células do tecido social. Vocês acham que é fácil?


A primeira pancada vai aqui: O DIREITO NÃO É AQUILO QUE VOCÊ QUER QUE ELE SEJA. Pensem quantas vezes vocês buscaram justificar algo errado, pois a vítima do erro era um inimigo de vocês.


Pensem nisso.


Venham comigo nessa jornada. Será no mínimo, divertida. Vocês encontrarão meus humores, minhas vaidades, meus horrores e meus medos, pois, como eu disse lá em cima, o “homem revela-se ao escrever”.

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