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Parlamentares do PSOL expõem divergências a respeito de apoio a Presidência da Câmara

Atualizado: 23 de jan. de 2021

Nesta sexta-feira 22/01, deputados filiados ao Partido Socialismo e Liberdade divergiram publicamente em função da candidatura de Luiza Erundina a presidência da Câmara Federal.


Luiza Erundina, Ex-Prefeita de São Paulo e Deputada Federal (PSOL-SP). Foto: Jefferson Rudy.


Em sua rede oficial, a candidata a vice prefeita de São Paulo em 2020 pelo PSOL na chapa com Guilherme Boulos (PSOL-SP), divulgou a seguinte postagem:

"É lamentável que o PSOL negocie suas convicções e compromissos políticos históricos ao aderir ao fisiologismo e à barganha por cargos na Mesa da Câmara. Essa é uma prática dos partidos de direita com a qual eu não compactuo."

Em meio a corrida eleitoral para a presidência da Câmara, deputados filiados ao PSOL divergiram na escolha de qual candidato deveria ser apoiado apesar da decisão partidária definida pela candidatura própria de Luiza Erundina (PSOL-SP). Em meio a um cenário de disputa acirrada entre dois deputados federais favoritos, Arthur Lira (PP-AL), escolhido do atual presidente Jair Bolsonaro e Baleia Rossi (MDB-SP), indicado a sucessão por Rodrigo Maia (DEM-RJ), as discussões se dão em torno das posições que partidos de oposição irão tomar: apoiar Baleia Rossi para barrar o candidato aliado a Bolsonaro ou defender uma candidatura própria para demarcar o campo político-ideológico.


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Em discordância com a fala de Luiza Erundina demais deputados do PSOL com mandato no Congresso Nacional reagiram. Fernanda Melchionna (PSOL-RJ) declarou:

"A senhora ataque quem não acha a tática correta lançar candidato nesse cenário da eleição da Câmara. Mesmo que sua posição tenha vencido e o PSOL tenha lançado seu nome, isso não não lhe autorizada a atacar o PSOL."

Por meio de sua rede social David Miranda (PSOL-RJ) também declarou:

"Recorrer a este tipo de ilação absolutamente infundada é lamentável. Erundina tem uma história bonita, mas já se equivocou grosseiramente algumas vezes. Já foi ministra de governo burguês (Itamar) e já teve como vice ninguém menos que Michel Temer. Sabemos que ela não fez isso por cargos; foram erros políticos, como erra agora com a tática isolacionista de candidatura própria. Vamos manter a calma e fazer o debate em alto nível. Por esse caminho, a candidatura de uma companheira tão importante vai mal."

Marcelo Freixo (PSOL-RJ), um dos quadros com maior expressão dentro do partido, deu uma extensa declaração a respeito da situação, com posição contrária a de Luiza Erundina sobre o tema:

"Respeito muito a história de Luiza Erundina, apesar de discordar do lançamento da sua candidatura à presidência da Câmara. Mas é inaceitável insinuar que a defesa da entrada do PSOL no bloco democrático p/ derrotar Bolsonaro passa pela negociação de cargos. Isso não é verdade.
O fato é que a entrada do PSOL na coalizão junto com os demais partidos de esquerda daria maioria ao bloco e impediria que a Comissão de Constituição e Justiça e o Conselho de Ética, por exemplo, ficassem nas mãos de aliados de Bolsonaro.
Importante dizer que esses cargos não ficariam com o PSOL e nem Erundina teria necessariamente que retirar a sua candidatura, porque o partido pode entrar no bloco e mesmo assim lançar candidato. O momento exige maturidade e responsabilidade. É isso que o Brasil espera de nós."

Apesar das postagens em tom de conflito, o presidente nacional do partido, Juliano Medeiros, saiu em defesa de Luiza Erundina e garantiu que o partido irá apoiá-la, mesma linha adotada por alguns outros parlamentares do partido como Ivan Valente (PSOL-SP).

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