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TSE determina quebra de sigilo contra chapa Bolsonaro-Mourão
Processo é movido pelas coligações dos ex-candidatos Marina Silva e Guilherme Boulos.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.
Nesta terça-feira (25/05/2021) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou a quebra dos sigilos junto a operadoras de telefonia e intimou 5 empresas de tecnologia a prestarem informações em duas ações que miram a chapa Bolsonaro-Mourão. A decisão é do ministro Luis Felipe Salomão, corregedor-geral eleitoral.
A apuração diz respeito a ataque hacker realizado durante as eleições de 2018 ao grupo no Facebook “Mulheres unidas contra Bolsonaro”, que passou a se chamar “Mulheres com Bolsonaro”. O presidente compartilhou a imagem do grupo com o nome alterado em seu perfil no Twitter.
O grupo ‘Mulheres Unidas contra Bolsonaro’, que reunia mais de 2,7 milhões de pessoas, sofreu ataques de hackers que alteraram o conteúdo da página e alteraram seu nome para ‘Mulheres COM Bolsonaro #17’.
As empresas intimadas a prestar esclarecimentos são Facebook, Twitter, Microsoft, Oi / Vivo, sendo concedido um prazo de até cinco dias para fornecimento das informações.
Em junho de 2020, o plenário do TSE decidiu, por 4 votos a 3, retomar a fase de instrução para a produção de provas relacionadas às duas ações contra a chapa Bolsonaro-Mourão.
Entre as informações exigidas pelo TSE estão:
Facebook: Dados do grupo e registros de acessos de administradores e visitantes no período de 30 de agosto a 16 de setembro de 2018.
Twitter: Dados de uma publicação feita pelo presidente Jair Bolsonaro em 2018.
Microsoft: Registros de uma conta de e-mail que pode ter sido acessada no dia do ataque.
Oi / Vivo: Dados cadastrais de três linhas telefônicas e a identificação do IP que podem ter sido usados na invasão.